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Lição 18 – Eu não estou sozinho ao experimentar os efeitos do que vejo.



1. A Lição (do Livro de Exercícios)

A ideia de hoje é mais um passo no aprendizado de que os pensamentos que dão origem ao que você vê nunca são neutros ou sem importância. Ela também enfatiza a ideia de que as mentes estão unidas, o que será cada vez mais reforçado depois.A ideia de hoje não se refere tanto ao que você vê, mas a como você vê. Portanto, os exercícios de hoje enfatizam esse aspecto da sua percepção. Os três ou quatro períodos de prática recomendados devem ser feitos da seguinte maneira:Primeiro, olhe ao seu redor, escolhendo os objetos de forma o mais aleatória possível. Mantendo os olhos sobre cada objeto, diga:Eu não estou sozinho ao experimentar os efeitos de como vejo [objeto].Conclua cada período de prática repetindo a afirmação mais geral:Eu não estou sozinho ao experimentar os efeitos do que vejo.Um minuto ou menos será suficiente para cada período de prática.

2. Explicação com Ensinamentos do Texto, Ciência Moderna e Espiritualidade


Esta lição aprofunda a ideia da percepção compartilhada. Em Um Curso em Milagres, a percepção não é algo isolado; ela é uma projeção da mente—e as mentes não estão verdadeiramente separadas. O texto diz:

“Todo pensamento que você tem contribui para a verdade ou para a ilusão; ou ele estende a verdade, ou multiplica ilusões.” (T-5.I.1)

E também:

“O que você vê reflete seu pensamento. E seu pensamento reflete apenas sua escolha do que você quer ver.” (T-21.V.1)

Isso significa que o que você percebe afeta não só a sua experiência, mas também a dos outros. A percepção é um campo compartilhado. O Curso nos lembra que nunca estamos sozinhos em nossos pensamentos—e, portanto, nunca estamos sozinhos em seus efeitos.

Na física quântica, pesquisadores como Donald Hoffman afirmam que o tempo e o espaço não são fundamentais. Eles são apenas uma interface virtual que projetamos—ferramentas para navegar na experiência, mas não a realidade em si. Nessa visão, a consciência é a única base verdadeira. Não estamos no mundo; o mundo está em nós.

O que chamamos de "ver" não é um ato passivo—é um ato de criação. Quando duas pessoas concordam ao enxergar uma mesma verdade ou possibilidade, isso não acontece porque observaram o mesmo objeto no espaço—mas porque se conectaram no campo de consciência que dá origem ao espaço.

Ervin Laszlo também propõe a existência de um campo informacional unificado—o Campo Akáshico—onde todas as consciências estão interligadas. Nesse campo, cada pensamento, cada percepção, é compartilhado. E o que uma mente cura, todas as outras podem acessar.

Como ensina Joe Dispenza, quando escolhemos observar a realidade a partir de emoções elevadas como amor, compaixão ou perdão, emitimos essas frequências para o campo. Isso não é simbólico—é vibracional. E é sentido por outros, mesmo que eles não saibam disso conscientemente.

Portanto, quando o Curso diz “Eu não estou sozinho ao experimentar os efeitos do que vejo”, isso não é uma metáfora poética—é uma descrição literal de como a percepção opera na malha da criação.


3. Integração com o Cristianismo


No cristianismo tradicional, a ideia de que somos “um só corpo em Cristo” geralmente é ensinada como uma metáfora—algo a ser buscado como comunidade espiritual. Mas o significado mais profundo é literal: não estamos apenas conectados pela fé ou comunhão—estamos espiritualmente e energeticamente unidos.

Enquanto os ensinamentos tradicionais enfatizam muitas vezes as ações—servir ao próximo, ajudar os necessitados, perdoar—o Curso revela uma verdade mais profunda: nós influenciamos os outros principalmente através da nossa percepção. Não pelo que fazemos, mas pelo modo como vemos o outro.

Ver seu irmão com amor não é apenas um gesto gentil—é um ato criativo. Um ato de lembrança da nossa Fonte compartilhada. Quando você vê seu próximo como parte de você, você não está apenas sendo bondoso. Você está curando o campo inteiro da separação.

Quando Jesus disse que o maior mandamento é “amar o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração” e “amar o teu próximo como a ti mesmo”, Ele não estava nos dando uma lista de tarefas. Ele estava revelando uma realidade espiritual.

Porque quando você ama verdadeiramente a Deus—with seu coração, sua mente, sua alma—você entra em união. E, nessa união, a percepção muda.

Você não vê mais os outros como separados.

Você não pensa mais em termos de eu e vocêcerto e erradoquem dá e quem recebe.

Você vê apenas uma coisa: o Amor se lembrando de Si mesmo.

E por isso “amar o próximo como a ti mesmo” não é um comportamento. É um estado de reconhecimento. Porque se o Amor é a lembrança de que nunca estivemos separados, então não há outra forma de amar o próximo a não ser como a si mesmo.

Não como se fosse você.

Como sendo você.

Porque não somos muitas partes tentando se unir.

Somos um só Amor, vivendo diferentes aspectos da mesma história… em corpos diferentes.


4. Versículos Bíblicos e Novo Significado


1. Romanos 12:5 – “Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, e cada um membros uns dos outros.”→ Versão tradicional: Estamos espiritualmente unidos por Cristo.→ Versão mais profunda: Nossas mentes não estão separadas—como eu vejo você afeta a nós dois. A percepção é uma oração compartilhada.


2. 2 Coríntios 10:5 – “Levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.”→ Versão tradicional: Devemos rejeitar pensamentos pecaminosos ou impuros.→ Versão mais profunda: Tornar um pensamento obediente a Cristo é lembrar que a separação não é real. Cada pensamento molda a forma como vejo meus irmãos—não como estranhos, mas como partes de mim. Capturar um pensamento não é controlar—é escolher a união. É ver através do amor em vez do medo. E, nesse ato, restaurar a verdade: somos um só, e o que vejo em você é o que estou lembrando em mim.


3. Mateus 18:20 – “Pois onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.”→ Versão tradicional: Jesus está presente quando oramos juntos.→ Versão mais profunda: Quando nossa percepção se alinha com o Amor—even em silêncio—isso se torna um encontro de mentes em consciência crística. Ele não é invocado pela oração—Ele é revelado pela união.


5. Mensagem aos Amigos


Quando Jesus disse: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”, é fácil pensar que Ele aparece porque nos reunimos. Como se a nossa oração o convidasse a entrar.

Mas talvez seja o oposto.

Talvez a única razão pela qual conseguimos realmente nos encontrar—de alma para alma, de coração para coração—seja porque Ele já está lá. Porque Cristo, o Verbo vivo de Deus, é o espaço onde qualquer visão verdadeira se torna possível. Todo encontro sagrado não O invoca—O revela.

Vi isso com clareza há poucos dias, num estacionamento do Costco.

Darcia e eu passamos o dia inteiro desencontrados. Ambos nos sentindo invisíveis, não reconhecidos, não amados—repetindo o ciclo que aparece tantas vezes no nosso casamento. Pequenos gestos frios. Palavras que não caem bem. Histórias antigas exigindo confirmação. Os dois querendo algo do outro, e nenhum conseguindo dar primeiro.

Sentamos no carro, ainda presos naquilo.

Normalmente, é aí que voltam as discussões—quem errou, quem está cansado, quem não está ajudando. Mas naquele dia, algo me interrompeu.

Virei para ela e disse suavemente as palavras do Ho’oponopono:

“Obrigado. Me perdoa. Sinto muito. Eu te amo.”

Ela não respondeu.

Fechei os olhos e fiz uma oração:

Espírito Santo… por favor, me deixa ver ela.

E então repeti:

“Obrigado. Me perdoa. Sinto muito. Eu te amo.”

E foi aí que o milagre aconteceu.

O corpo dela relaxou. Ela começou a chorar. E me disse:

“Foi tudo culpa minha… Eu só estava com medo. Não sabia como dizer.”

E eu vi ela. Não o medo. Não as palavras. Ela.

Vi a alma da minha esposa—a que existe por trás do barulho—e naquele momento, não éramos mais duas pessoas tentando resolver um problema.

Éramos o corpo e a alma de algo sagrado, tentando permanecer juntos.

E eu acredito que essa cura não veio do que eu disse. Veio do espaço que consegui sustentar—por ela, por mim, por nós.

E acredito que esse espaço era Cristo.

Não uma figura olhando de cima. Não uma presença esperando ser chamada.

Mas o Verbo de Deus—vivo.

E o Verbo de Deus não é um sermão ou uma escritura. É um espaço. Um silêncio.

O silêncio por trás dos pensamentos. O espaço onde enxergar se torna um ato sagrado.

Não trazemos Cristo para nossos relacionamentos ao convidá-Lo.

Ele é o Verbo.

E o Verbo é o espaço que acessamos quando finalmente paramos de falar… e começamos a ver.

E o que eu vi naquela noite—e o que ela também viu—me lembrou dessa lição:

Eu não estou sozinho ao experimentar os efeitos do que vejo.

O milagre não aconteceu na minha mente. Aconteceu no espaço entre nós. A minha disposição de vê-la de forma diferente mudou o que ela viu em si mesma. E a mudança dela virou minha também.

Porque a percepção não é privada.

Nós não criamos nossa experiência sozinhos. Nunca criamos.

Quando mudamos o que vemos, todo o campo muda com a gente.

E é assim—assim mesmo—que o Amor salva o mundo.

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