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Lição 8 - “Minha mente está preocupada com pensamentos do passado."


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1. A Lição


Essa ideia é, obviamente, a razão pela qual você só vê o passado. Ninguém realmente vê coisa alguma. A pessoa vê apenas os próprios pensamentos projetados para fora. A preocupação da mente com o passado é a causa do total equívoco sobre o tempo, a partir do qual a sua visão sofre.

Sua mente não consegue compreender o presente, que é o único tempo que existe. Portanto, ela não consegue entender o tempo, e na verdade, não consegue entender coisa alguma. O único pensamento totalmente verdadeiro que se pode ter sobre o passado é que ele não está aqui. Pensar sobre ele é, portanto, pensar sobre ilusões. Pouquíssimas pessoas compreenderam o que está realmente envolvido ao imaginar o passado ou antecipar o futuro. A mente está, na verdade, em branco quando faz isso, porque ela não está realmente pensando em nada.

O propósito dos exercícios de hoje é começar a treinar sua mente para reconhecer quando ela não está realmente pensando. Enquanto ideias sem sentido ocupam sua mente, a verdade fica bloqueada. Reconhecer que sua mente tem estado apenas em branco, em vez de acreditar que está cheia de ideias reais, é o primeiro passo para abrir o caminho para a visão.

Os exercícios de hoje devem ser feitos com os olhos fechados. Isso porque você realmente não pode ver nada, e é mais fácil reconhecer que, por mais vívida que uma imagem mental possa parecer, você não está vendo nada. Tente deixar de lado todos os pensamentos presentes agora e mantenha sua mente num estado de prontidão para reconhecer que ela está apenas repetindo o passado.

Observe seus pensamentos e nomeie-os conforme cruzam sua mente. Por exemplo:

  • “Parece que estou pensando sobre [nome da pessoa], [nome do objeto], [nome da emoção].”


    Então conclua:

  • “Mas minha mente está preocupada com pensamentos do passado.”

Repita esse exercício ao longo do dia, especialmente quando se sentir distraído, preso ou emocionalmente reativo.


2. Explicação 


Essa lição começa a desmontar o domínio do ego sobre a nossa percepção.

O Capítulo 3 nos lembra que “a projeção faz a percepção.” O que acreditamos estar vendo não é o presente, mas uma versão do passado — culpa, medo e narrativas antigas, sendo reproduzidas infinitamente. Esse hábito mental não é passivo; é uma forma de controle. O ego se agarra ao passado porque teme o que pode emergir se retornarmos ao agora.

O Capítulo 4, Seção I, traz clareza: “Você não pode ser fiel a dois senhores que pedem coisas conflitantes.” O ego quer preservar sua história. O Espírito Santo quer restaurar sua mente. Mas o ego fala a partir do passado, e o Espírito Santo fala no presente. Um leva ao medo. O outro, à paz.

Essa lição revela uma verdade poderosa: sua mente pode estar cheia, mas não de algo real. Na verdade, ela pode estar cheia demais para ver qualquer coisa. Seu trabalho não é forçar a paz, mas observar o ruído — e permitir que o Espírito Santo o conduza de volta ao silêncio.


3. Integração com o Cristianismo


Nos ensinamentos de Jesus, presença é tudo.

“Não se preocupem com o amanhã.”“Deixem que os mortos enterrem seus mortos.”“Eis que faço novas todas as coisas.”

Essas não são ordens abstratas. São convites espirituais para deixar ir o que não vive mais.

O apóstolo Paulo ecoa isso quando diz: “Vocês foram ensinados... a serem renovados na atitude da mente.” (Efésios 4:22–23)

O cristianismo, em sua essência, não é uma religião de lembranças — é um caminho de renovação. A mensagem da cruz não é apenas perdão, mas ressurreição: uma nova vida agora, não um dia qualquer no futuro.

Quando sua mente para de ensaiar suas falhas, feridas e histórias — você se torna disponível à graça. Você se torna presente. E é ali, no agora, que Deus o encontra.


4. Versículos Bíblicos e Novos Significados


  • 2 Coríntios 10:5 – “Levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.”

    • Novo significado: A verdadeira disciplina espiritual não é suprimir, mas observar. Só podemos entregar a Deus aquilo que conseguimos ver. Levar o pensamento cativo significa torná-lo consciente — não pela força, mas pela luz.

  • Romanos 8:6 – “A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz.”

    • Novo significado: A mente ocupada com pensamentos do passado (ego/carne) vive na ilusão. Quando se entrega ao Espírito Santo, ela retorna ao presente — e a paz flui naturalmente.

  • Filipenses 4:6-7 – “Não andem ansiosos por coisa alguma… e a paz de Deus… guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.”

    • Novo significado: A ansiedade é um sintoma de estar preso no tempo. A preocupação com o que foi ou pode ser nos desconecta da presença de Deus. Quando a mente se aquieta, a paz se torna sua guardiã — não conquistada, mas recebida.


5. Mensagem aos Amigos


Esse exercício de observar meus pensamentos — nomeando-os um por um — é exatamente o mesmo que praticamos quando aprendemos a meditar. Aliás, para mim, isso é meditação: sentar em silêncio e perceber o que a mente está dizendo. Mas hoje, o que me impactou não foi só a presença dos pensamentos — foi o quanto eles são familiares. Reciclados. Padrões. Alguns parecendo memórias, outros fingindo ser o futuro. Mas todos costurados com o mesmo fio antigo.

Ultimamente, com tantas mudanças acontecendo na minha vida, minha prática principal tem sido essa: não agir com medo. Não responder se estou em pânico. Não mandar a mensagem. Não tomar a decisão. Apenas parar. Respirar. Rezar.

A pausa — esse silêncio sagrado entre o pensamento e a reação — é algo que tanto a Cabala quanto o Budismo ensinam como um portal. Um momento que traz a mente de volta ao presente. Mas, para mim, se tornou mais do que uma técnica. Essa pausa virou uma porta. Uma porta para o Espírito Santo. Uma chance de ouvir o Amor antes de ouvir o medo. E quanto mais eu espero, mais escuto, mais sinto algo se movendo dentro de mim.

Mas aqui está a verdade: ainda estou no meio de tudo isso.

Minha renda não está estável. Meu trabalho ainda parece nebuloso. Meu casamento ainda vive momentos de desconexão. A chuva não passou. Eu não cheguei à outra margem.

E ainda assim... algo novo está acontecendo.

No ano passado, depois da minha depressão, eu tinha o que muitos chamariam de segurança. Um salário fixo. Mas meus pensamentos estavam cheios de medo: “E se eles pararem de me pagar?” “Será que estou fazendo o suficiente?” “O que ela está pensando de mim assim?”

E quando sigo o fio desses pensamentos, percebo que não são sobre o ano passado. São mais antigos que isso. Eu os senti em todo trabalho. Talvez até quando era criança fazendo lição de casa. O mesmo céu emocional. A mesma tempestade interna.

Esse é o ciclo. Essa é a armadilha que o Curso está me mostrando.

Reviver os mesmos sentimentos.Acreditar nos mesmos pensamentos.Chamar isso de realidade.

E isso constrói um muro invisível entre mim e a vida que sei que vim viver — uma vida de alegria, abundância, serviço e paz.

Eu não vou fingir que cheguei do outro lado.Ainda não alcancei a margem do rio.

Mas estou na água. Estou nadando. Estou aprendendo a não lutar contra a corrente.

E acima de tudo — sei que não estou mais nadando sozinho.

Existem momentos, mesmo aqui no meio de tudo, em que eu me solto... só um pouco.E quando faço isso, sinto que se eu apenas boiar, Deus me carrega.Não porque resolvi tudo.Não porque fiz tudo certo.

Mas porque parei de fingir que tinha que fazer tudo sozinho.

E isso... talvez seja o começo da verdadeira liberdade.

Vamos ver onde isso vai dar.

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